morrem flores nos meus olhos, de tão ácidos que são.
eu vejo o que quero ver ou o que a acidez me permite.
e assim, crescem ervas daninhas na minha cabeça;
nuvens nos meus olhos.
respiro ar contaminado.
vou definhando como quem dorme e não dá por isso,
mas eu estou acordada.
não enfrento as noites.
não sei como vou viver uma vida inteira. comigo.
mas não há grande retorno.
e se o houvesse, não o queria.
não há rosas para mim.
ninguém as dá à terra,
porque é a terra quem tem de as dar;
tem de as deixar crescer.
ainda que venenosas.
ainda que murchas.
espero que ambas, por as fotografias complementam-se e fazem parte da mesma série. :)
RépondreSupprimernunca pensei que em ti houvesse a habilidade de criar um jardim destes
obrigada, Mariana :)
RépondreSupprimerconfesso que gostaria de escolher uma das estrofes que mais me tocou, mas torna-se impossível. esta elegia é bonita quando lida no seu todo, transmite uma melancolia que em poucos corações encontra lugar ♥
"não enfrento as noites.
RépondreSupprimernão sei como vou viver uma vida inteira. comigo.
mas não há grande retorno.
e se o houvesse, não o queria." a estrofe que mais me tocou, a que mais me identifico. mas todo o poema é encantador!
♥ não há rosas para mim.
RépondreSupprimerninguém as dá à terra,
porque é a terra quem tem de as dar;
tem de as deixar crescer ♥
realmente gostei muito, tem uma beleza peculiar. vir aqui faz-me bem :')
RépondreSupprimero teu sim é bonito ! e as tuas palavras são bonitas e fazem-me sorrir, mesmo que tenham uma pinga de tristeza.
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