23 novembre 2012
































it's so easy to laugh , it's so easy to hate. it takes guts to be gentle and kind. over, over.
love is natural and real but not for you, my love. not tonight, my love. 
love is natural and real but not for such as you and I, my love.

oh mother, I can feel the soil falling over my head...

14 novembre 2012

os olhos ardem-me e o meu peito estreita-se. não sei os limites dos limites da minha fraqueza, mas de certo estarão perto. estou envolta em mim e carrego o ódio de o estar. porque um eu como o meu nunca foi o eu que eu queria ou tão pouco precisava. um eu como o meu apraz aos seres contentes no seu descontentamento. e às brisas que passam por passar e que não causam grandes ventanias e vendavais. às brisas que são só brisas e quietas no que são ficam, não ansiando por mais, apesar de viajarem pelos céus e pelos sete mares... às flores que nascem para verem o sol. aos rios que correm para poderem beijar o mar. tudo de forma despreocupada e íntima. tudo em sintonia. 
eu em sintonia comigo própria e as pessoas a pedirem por mais. por opiniões exacerbadas, por odes ao que julgo de mim e por personalidades autoritárias e vincadas. e eu que poucos vincos tenho e os que tenho estão para dentro, para mim. não me peças para falar quando estou triste. a boca não serve unicamente para se abrir e jorrarem palavras e palavras, onomatopeias que não sei usar e discussões para as quais não me apetece argumentar. não me peças sempre para falar, nestas situações. aposta antes nas carícias e nos silêncios... e se te peço que fales e não o faço, nada mais é por ser melhor a ouvir.
como sou calada e contida, a cabeça arde-me, como os olhos. e na minha cara surgem vulcões borbulhentos. dizem ser da idade. eu cá acho que são todas estas coisas a querer sair-me... e logo pela cara. quanto aos olhos, pinto-os de de luto ao que sou e ao que querem que seja e ao que eu talvez já tenha sido. e dizem-me, com sorrisos nas bocas e nos olhos, que preciso de me desinibir e viver mais. mas eu vivo. turbilhões e vendavais. na minha cabeça.

8 novembre 2012

o postal de aniversário: da branca e para mim.


serás sempre das pessoas com maior coração e mãos de princesa que conheço.
princesa gigante, é certo, mas com toda a generosidade e encanto. toda a fragilidade e graciosidade.

não te afastes de mim, que eu não sou um poço de tristeza. talvez seja, mas não te proporcionarei a queda ao meu âmago. não vás para longe, que eu tratarei de me pôr boa... para te pôr igual.

5 novembre 2012

há alturas em que me sinto completamente distanciada de mim e da realidade onde vivo. acho que às vezes construimos muros tão altos e espessos que não nos permitem ver todo o céu. e como é necessário olharmos para ele e para todo o seu esplendor para compreendermos que, como nós existimos, existem também pássaros. e nuvens. ambos voam e são do céu. mas nunca se misturam no azul, jamais! nós erramos e desejamos ser pássaros ou nuvens. mas temos pés. não voamos, mas andamos. sentimos o chão duro e real e a erva escorregadia e fresca. 

os meus muros eram tão altos que não me deixavam ver isto. nem tão-pouco o céu. se fechasse os olhos ainda conseguia ver alguns vestígios de estrelas longínquas... quase tão distantes como eu. e criaturas que não nós sempre habitaram na minha cabeça. saltavam de lobo em lobo e confundiam-me os pensamentos confusos. mas não há só noite e escuro. assim como não há só luz e dia.

por momentos, abri os olhos ao que sou e ao que quero ser. talvez amanhã acorde na escuridão apesar de ser dia.

abrir os olhos como flores a desbotar.