"...like signs into ghost towns, and only the graves are real."
31 juillet 2012
16 juillet 2012
um encontro em lisboa
este sábado tive uma das experiências mais bonitas da minha curta existência. vi os The Cure ao vivo, uma das minhas bandas favoritas. esperei sete horas para os poder ver o mais perto possível, nas grades, e enquanto o concerto decorria não parava de pensar que talvez estivesse na presença de alguém demasiado especial. não estou a tentar menosprezar os restantes membros da banda, mas o robert smith, aos meus olhos, tem uma espécie de auréola.
muito provavelmente será a primeira e a última vez que estive num concerto destes senhores, mas sinto que nunca estive tão descontrolada e calma ao mesmo tempo. o meu coraçãozinho lá palpitava e toda eu absorvia toda a música e as palavras do senhor robert. foi das coisas mais bonitas que já vi. gostava que todos sentissem isto pelo menos uma vez.
12 juillet 2012
peso de mil planetas
é tão difícil não me deixar afogar.
nunca se sentiram assim, com tanto peso em cima que se deixam afundar?
nunca se sentiram assim, com tanto peso em cima que se deixam afundar?
5 juillet 2012
se há dualidade que me assusta é a da gravidade. ironicamente, eu sinto-me como se eu fosse ar. e flutuo pelo enorme espaço, aparentemente sem limites e metas. sofro sucessivas metamorfoses até me tornar no que pretendo. costumo comprar esta sensação à evolução de um pequeno girino até se tornar num grande e gordo sapo. também eu me vou transformando na minha ascensão, mas contrariamente ao sapo, vou-me desagregando e tornando cada vez mais leve. quando chove, posso quase jurar que sinto a chuva a passar por entre mim. contudo, tenho de dar razão a um detestável ditado popular: "quanto maior é a subida, maior é a queda". e apesar do meu corpo ser leve, o mesmo não se pode dizer do meu pesadíssimo coração. inevitavelmente, este tomba em direcção ao planeta-mãe e eu sou sugada para a terra. durante a queda, revejo tantas memórias como o número de estrelas que me cerca. e isso assusta-me. a queda é inevitável, o peso é inevitável.
já outras vezes agradeço a enorme pedra que me enche o coração. às vezes é bom sentirmo-nos tão atraídos que somos espalmados contra a terra. olhamos o céu e aceitamos a distância que nos separa dele. mas por vezes, nesses momentos, desejo perder subitamente toda a carga e deixar de ser atraída, sendo disparada de forma tão veloz contra o outro lado de tudo.
um dia hei-de ter um planeta só meu e sem gravidade. mas claro que isto tudo são meras situações hipotéticas.
4 juillet 2012
nave em descolagem / introdução
antes de mais, olá a todos os bloggers!
o meu nome é mariana e neste momento não há muito mais que precisem de saber sobre mim. criei este blog porque tenho uma enorme dificuldade em exprimir-me e tenho vindo a deparar-me com ela nos últimos tempos. ontem pensei "porque não tentar superá-la?" e aqui estou eu com o alien observer nas mãos. espero que seja algo muito pessoal e pouco intimidante. talvez até uma pequena dádiva, como um cometa a orbitar permanentemente à minha volta. como aquele momento em que mergulhamos a cabeça na água e ouvimos apenas ecos e resquícios de sons vindos do exterior. certamente sabem do que estou a falar. e são esses vestígios de som que quero aqui reunir.
o nome desta página deve-se à minha alienação. por vezes sinto a necessidade de me alhear: mergulhar a cabeça na água ou enroscar-me debaixo dos lençóis com as cortinas fechadas. ou simplesmente observar. ideal seria flutuar no espaço e esquecer a minha condição. mas à falta de naves e na necessidade de oxigénio, crio este blog. espero que ele vos diga algo a vocês. quanto a mim, espero criar uma ligação doentia com ele.
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