na noite passada sonhei que uma rapariga consumia contidamente o tempo que lhe restava num hospital, sendo o seu corpo consumido por uma doença. grave. terminal, talvez, que na minha cabeça não mando eu. esta rapariga encontrava-se numa sala estranhamente ampla para uma sala de hospital, dividida em duas partes. na primeira, encontrava-se uma audiência. oito filas de cadeiras no seu modo funcionário de serem cadeiras voltadas para a segunda parte, um estrado onde jazia uma cama de lençóis brancos. e na cama jazia a criatura, de cabelos castanhos escuros pelos ombros, simetricamente cortados. e no rosto uma repinha que em tempos fora de menina. e o corpo enfermo. entrei por um corredor perfilado de pessoas, passando a porta que me levaria àquele espectáculo. a audiência estava preenchida por familiares e amigos e todos estavam sentados nas cadeiras. uns conversavam fluente e normalmente. outros olhavam com apatia a pobre doente, que se contorcia em dor e cuspia sangue a cada palavra que tentava dizer. os lençóis não eram já brancos.
contornei as pessoas. aproximei-me dela e toquei-lhe na mão. a audiência ignorou-nos às duas, indiferente e embrenhada nos seus cochichos. desejei-lhe as melhoras e saí. e todos a observavam morrer.
não sei de onde veio este sonho. espero que tenha sido uma espécie de vómito cósmico. ou simplesmente um produto bizarro do mais comum.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire