20 septembre 2012

criação do heterónimo para português

vivo esta vida porque é a única que posso viver. apesar dos relâmpagos me dizerem que há mais do que céu, sei que estou destinada a viver sob estas nuvens e a explorar este único universo. e que tudo o que está dentro de mim me pertence, mas o que me rodeia é seu como eu sou minha. dou-me à natureza e ela não em quer: inspiro o ar e ele insiste em ser expirado. desembaraço os cabelos e eles entrelaçam-se. toco, mas não possuo. vejo, mas não capto. amo do infinitamente grande ao finitamente pequeno. crio intimidade com as coisas, mas elas não a criam comigo. nem as pessoas.
nasci em fevereiro de 1993. contam-se 19 primaveras e ainda não floresci. em cada inverno gelei. deram-me o nome de melissa e é apenas a ele que respondo. mas esse nome não é meu. nem esse nome pode ser meu.

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